segunda-feira, 7 de julho de 2014

Creepy do Liker: Corpses Factory



Há um tempo, Henry ouvira falar sobre uma fábrica um pouco longe de sua casa. Muitas histórias e lendas sobre essa fábrica rondavam pela cidade: mitos assombrados, corpos que andam pela fábrica, sangue que sai espontaneamente das portas, gritos... Mas, para o jovem, nada disso era um “Parkour”. Sempre perguntava para os pais, e a única coisa que ouvia era: Não sabemos de nada, e mesmo que haja algo verdadeiro sobre essa fábrica, não se aproxime dela. Mesmo depois de muitos avisos, o jovem se sentia cada vez mais confiante de ir lá, até que um dia perguntou a sua avó sobre o local abandonado.


Ela: Henry... aquela fábrica pertencia a um casal de cientistas, que tinham como função pesquisar e manusear todos os tipos de aberrações genéticas. Muitos pesquisadores utilizavam o local como biblioteca por conter uma fonte muito extensa de informações sobre cadáveres, cromossomos, etc., e que também, eles utilizavam corpos de mendigos e, com autorização, dos mortos de um cemitério aqui perto. *COUGH COUGH * Sei também que um dia tiveram uma filha, que era extremamente apegada aos estudos genéticos, nada mais. Um dia muito chuvoso, creio que um experimento dessa garotinha deu errado, e ela entrou em pura insanidade, matando todos da fábrica, sem que um pudesse escapar. Mas... quanto a ela... *COUGH COUGH COUGH COUGH COUGH*

(a pobre velha já não tinha ar como quando era jovem: sua bronquite e falta de ar atacaram novamente, e Henry recolheu-se para seu quarto).

O jovem, agarrado ao travesseiro, continuava com as duvidas na cabeça. Deveria ele atravessar a cidade e ir para a fábrica, procurar por vestígios? Provavelmente o local abandonado tenha sido invadido por sem-teto, ou demolido pelo governo. Mas ainda queria procurar respostas para o que houve no local.

Durante a noite, com uma pequena bolsa vermelha, o garoto de cabelos negros e cacheados decidiu encaminhar-se para as respostas. Colocou um sanduíche na mala, levou seu celular também para caso quisesse ligar (emergência).

Depois de 30 minutos de caminhada, finalmente chegou no local. Tudo era muito escuro, e não havia indícios de casas ou moradores por perto. O local cheirava a ferrugem e poluição, embora (com certeza) não houvesse máquinas ou algo do tipo funcionando. A chaminé estava inativa naquela hora, e deveria estar há anos também. Com a mão na boca pelo cheiro forte, encaminhou-se para o grande portão da fábrica, a qual estava fechada. Há uns 12 passos, havia uma janela quebrada: um pulo e era possível a entrada no local. Depois do salto (havia uma pedra perto) o garoto entrou, embora tenha cortado uma parte de sua perna. Muito sangue estava saindo, não era possível estancar com as mãos. Decidiu continuar a caminhada, embora estivesse com muita dor. O local tinha muita, mas muita poeira e teia de aranha. Uns 3 corvos estavam mortos perto da janela. Viu uma espécie de “placa” que, com um assopro, muita poeira saiu. Verificou que estava no salão principal da fábrica, e que se atravessasse um portão ao norte da fábrica, chegaria no salão de máquinas (logo ao oeste, havia o centro de pesquisa). Depois de uma caminhada, chegou perto de algumas das máquinas, mas notou que muitas delas estavam muito limpas. Algumas, também, faziam o “wruunn”, como se estivesse funcionando. Havia alguém na fábrica, e o celular do jovem, sempre em mãos, para iluminar o local. Estava sempre olhando para trás, para auto-segurança. Caminhando (com muita dor) pela sala, seus passos cada vez mais lentos (pela fraqueza e tontura da poluição) precisavam de um descanso, mas sabia que não podia parar: o local era hostil para ele. Quando encostou a mão (sem querer), deu um grito, pois estava a uma altíssima temperatura: parte de sua mão queimada já estava formando bolhas.

*BRUM*

Alguma coisa havia sido derrubada, e não foi ele quem havia derrubado. Ele ficou paralisado, desligando a luz do celular. Tapou a boca novamente para impedir a respiração, embora os batimentos cardíacos estivessem a mais de 115 por minuto. De repente, um beep no celular: era uma mensagem nova, escrita -Consigo ver você daqui de cima. Que feio bisbilhotar a casa dos outros...-. Henry começou a chorar de medo, e saiu correndo, desorientado, no meio das máquinas, embora algumas estivessem muito quentes. Seu pé tropeçou em uma tremenda quantia de fios, fazendo-o tropeçar e cair de cara no chão empoeirado. Seus olhos ardiam pelo choro e poeira, e som de passos de aproximavam. Sua perna cortada, agora estava com uma fratura exposta. Sua mala estava longe demais para alcançar.

???: Como que você entrou aqui?

Um enorme lenço de clorofórmio tomou seu rosto, fazendo-o desmaiar.

Quando acordou, ele estava numa espécie de maca mecânica. Estava em posição vertical, quase que seus pés alcançando o chão. Todo o seu corpo estava amarrado com um cinto, e sua perna, toda ensanguentada e fora dos cintos. Mesmo com a tontura, foi possível escutar o som de passos. O celular jogado no chão, com a luz acesa, não podia iluminar muito bem o horizonte daquele local, sem contar que parte do sangue (ainda não seco) no chão, estava muito próximo do celular.

???: Onde está... ONDE ESTÁ??? ONDE???! Heh... achei! Achei o álcool!

Aquela pessoa aproximou-se, não era possível ver seu rosto por causa do cabelo bagunçado e ensebado. Um óculos grande na cara refletia a luz do celular, impossibilitando de ver os olhos.

???: Deixe-me limpar sua ferida, isso está nojento, assim como você.

A pessoa colocou um lenço de álcool encima da ferida, pressionando fortemente o osso contra a carne. Henry gritava e debatia-se desesperadamente, chorando.

???: PARE DE SE MEXER, GAROTO!

Gotas de álcool caiam sobre a carne do garoto, quando *CRACK* o osso quebrou novamente. Henry gritava muito mais alto agora.

???: MAS QUE MERDA! EU DISSE PARA PARAR DE SE MEXER!!

Henry apertava o cinto preso a sua coxa com muita força, mas isso resultou na perfuração da carne. Ele mordia seus lábios com muita força, cortando diversas vezes (havia muito sangue de tanta força).
A pessoa saiu de perto do garoto, indo direto para uma das máquinas. Ela pegou uma espécie de machado e foi direto para o garoto.

???: Você está se machucando demais, deixe-me acabar com isso.

Soltou um pouco o cinto do braço esquerdo, puxando e deixando para fora da maca. Levantou o machado e começou a cortar, sem parar, a partir do ombro do garoto. O garoto se debatia mais, impedindo que fosse apenas um único corte num único local: seu ombro estava totalmente deformado, com muitos dos músculos locais escorrendo. Sangue esguichava e esguichava, sem parar, até que, com uma 4ª machadada, o braço do garoto saiu.

???: Pronto! Não faça o mesmo com o direito, senão vou ter que arrancar.

A pessoa tomou o braço do garoto nas mãos, levando para cima da máquina.

???: Ei garoto! Acorde! Preste atenção nisso agora! – disse sorrindo – Vou te ensinar a fazer tinta, qualquer cor.

Ligou a máquina e o barulho tomou o local. Um grande braço mecânico surgiu do nada, com um grande bisturi no meio.

???: Agora que está parado, respire fundo.

A pessoa acionou uma alavanca próxima, e o bisturi foi em direção ao pescoço, perfurando e jorrando sangue. O sangue (tanto o do chão, quanto o do pescoço) atingiu o celular caído, tendo um curto circuito e desligando o celular.

???: Mas... como empalharei o corpo agora, nesse escuro?

Tocando em todos os lugares, encaminhando-se para a maca do garoto, retirou o cadáver de lá. Com suas próprias mãos, a pessoa foi retirando friamente a carne do garoto, ossos (caso conseguisse) e tudo mais. Levou o tecido do corpo para uma sala cheia de cadáveres, jogando-o encima de todos.

???: Com essa carne, dá para fazer a tinta.

Com um pouco de luz da fábrica, achou e pegou um papel sulfite (um tanto amarelado) e começou a apertar a carne (que se desfazia aos poucos) sobre. Um pouco de sangue escorria. Ela pegou seu dedo, e começou a desenhar uma fábrica, e muito lixo em volta da fábrica.

???: Queria ter empregados para me ajudar a limpar minha casa...

Retirou o jaleco, as luvas e a máscara, dirigindo-se para a sala dos empalhados.

???: Mamãe, papai! Descobri uma coisa nova!

Abraçou os dois cadáveres empalhados, colocou um do lado do outro e jogou o jaleco encima como um cobertor.

???: Boa noite mãe, boa noite, pai.

Sobre o jaleco, era possível ler: B.I.O. Beatriz.


Por: Bia

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