sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Cão Encontrado!

''Que droga Max!” resmunguei enquanto dava a décima volta pela vizinhança. Minha namorada não estava muito longe, tentando a todo custo chamar pelo cão estúpido.

“Acho que ele não vai voltar dessa vez,” falei com ela, embora não soubesse se ela estava me ignorando ou se estava apenas ocupada sacudindo um arbusto ali perto. Como se a droga do cão estivesse tirando um cochilo no meio de um maldito arbusto.

O cão foi um presente dos pais dela, que não gostavam de mim e sabiam que eu não gostava de cães. Acho que eles pensaram que isso nos separaria, mas eu consegui tolerar aquele animal fedorento só para irrita-los.

Enquanto eu passava pelos postes, colava em cada um o aviso de “Cão desaparecido”. Eu queria arranca-los dali e parar com toda a palhaçada.

“Ei, amor,” minha namorada gritou para mim. “Pode ir à lanchonete da outra rua e me trazer um chocolate quente? Está tão frio, e eu não quero congelar aqui fora. Obrigada!”

Que beleza, então você poderia desistir de procurar e voltar para casa já que não quer congelar, Pensei.

“Claro,” respondi com um tom de sarcasmo, olhando sobre o ombro para vê-la espiando por trás de uma caixa. Eu amo essa mulher, mas, droga! Ela é bem estúpida as vezes.

Enquanto dobrava a esquina, quase próximo à lanchonete, um folheto chamou minha atenção.

O folheto exibia claramente: “CÃO ENCONTRADO”, e a foto de um cão que parecia com o nosso. Cheguei mais perto para ler, pensando em marcar uma consulta urgente com um oftalmologista.

“Labrador macho encontrado na Terça-feira, 14 de maio, às 5:20 pm, na esquina da Liberty e Franklin. O cão aparenta quase um ano. Preto com uma mancha em forma de coração no queixo. Uma cicatriz na pata traseira esquerda. Colar marrom sem identificação.” 

Maravilha! Pensei. Alguém encontrou essa peste. Havia algo escrito em letras bem miúdas no fim do texto, mas pensei que era apenas o endereço da pessoa. Cheio de alívio – não pelo cão encontrado, e sim pela busca ter terminado – chamei minha namorada.

“O que foi?” ela perguntou, encostando a cabeça em meu ombro. “Oh!” ela finalmente percebeu o folheto no poste a sua frente. “Olha! É o Max!” ela falou, lendo o aviso em voz alta, para confirmar se o cão na imagem era realmente o nosso.

“Meu Deus!” ela gritou e tropeçou para trás começando a chorar de repente.

“O que tem de errado?” perguntei. “Já encontraram ele.”

Ela não respondeu, apenas apontou lentamente para o aviso.

“Não entendi,” falei, voltando para o aviso e lendo outra vez, achando que tinha deixado passar algo.

Não encontrei nada de estranho, até que cheguei ao fim do texto e apertei bem os olhos para enxergar as letrinhas no final.

''Tinha gosto de frango''

Fonte:Creepypasta Brasil

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